
A dor crônica, a depressão e a ansiedade aparecem juntas com frequencia. São comuns as queixas de dor em pessoas com depressão e ansiedade, e também sintomas depressivos e ansiosos são relatados por pacientes que sofrem de dor crônica.
A dor aguda segue o seguinte caminho: a partir de estímulos em receptores de dor que se localizam na pele ou nos órgãos internos, por exemplo, o sistema nervoso periférico (SNP) transmite a informação ao sistema nervoso central (SNC), que processa essa informação e “identifica” a dor, inclusive em seu componente emocional. E a dor crônica? A dor crônica está relacionada a alterações na transmissão da informação e/ou do processamento da dor no SNP ou no SNC, que levam a uma amplificação da sensação de dor (hiperalgesia), ou mesmo desencadeamento de dor na ausência de um estímulo (alodinia). Isso pode ocorrer em condições como osteoartrite, dor lombar, neuropatia diabética, fibromialgia, entre outas doenças crônicas. Nesse processo, existe a participação de estruturas cerebrais que também estão relacionadas ao processamento das emoções, e neurotransmissores envolvidos na fisiopatologia da depressão e da ansiedade, como a serotonina, a noradrenalina, as endorfinas, por exemplo.
Fontes:
Rocha et al. Dor: aspectos atuais da sensibilização central e periférica. Ver Bras Anestesiol 57 (1): 94-105, 2007.
Pinheiro et al. Prevalência de sintomas depressivos e ansiosos em pacientes com dor crônica. J bras psiquiatr 63(3), set 2014. https://doi.org/10.1590/0047.2085000000028.
Silva et al. Comprometimento da qualidade de vida por ansiedade e depressão em pacientes com dor crônica. BrJP 4(3), jul-sep 2021. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20210038.
Tags: ansiedade, depressão, DOR CRÔNICA