Os familiares que assumem o papel de cuidadores enfrentam uma alta carga de responsabilidades, com cuidados diários, gerenciamento de medicações, além da organização de questões financeiras e legais. Em muitos casos, podem deixar de realizar suas próprias atividades para conseguir lidar com as demandas do dia a dia, o que pode se associar a sentimentos de isolamento e perda de identidade. Além disso, testemunhar o declínio físico e mental de seus entes queridos é muitas vezes emocionalmente desgastante.
Os sintomas da depressão em cuidadores podem incluir: tristeza persistente, perda de interesse nas atividades diárias, fadiga, alterações no apetite e no sono, sentimentos de culpa ou inutilidade, dificuldade de concentração e pensamentos de morte ou suicídio.
É fundamental que um cuidador reconheça a importância de também cuidar de sua saúde mental. Buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim um ato de cuidado e empoderamento, e pode ser uma ferramenta valiosa para lidar com o estresse, desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis e encontrar equilíbrio entre o cuidado do idoso e o autocuidado.
Fontes:
Dione-Odom JN et al. Differences in self-care behaviors by varying levels of caregiving intensity, performance and well-being among family caregivers of patients with high mortality câncer. J Clin Oncol 34, 2016 (suppl 26S; abstr 239).
Delalibera M et al. Sobrecarga no cuidar e suas repercussões nos cuidadores de pacientes em fim de vida: revisão sistemática da literatura. Ciênc. Saúde coletiva 20 (9), set 2015.
Sampaio LS et al. Qualidade de vida e depressão em cuidadores de idosos dependentes. Rev APS 21 (1): 112-121, 2018.