No dia 08 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Embora essa seja uma data em que as redes sociais são invadidas por frases feitas sobre as maravilhas de ser mulher, esse é um dia que marca a luta das mulheres contra as desigualdades de gênero. Muito além de bombons e flores, esse também pode ser um período para refletirmos e falarmos sobre a saúde mental das mulheres na atualidade.
Segundo dados de literatura, a maioria dos transtornos de ansiedade e depressão ocorrem entre mulheres de 15 a 60 anos. Somado a isso, atualmente, no Brasil, as taxas de suicídio são alarmantes, chegando a quase três óbitos para cada 100 mil mulheres. Diante disso, falar sobre a saúde mental da mulher é cada dia mais urgente. Existem inúmeros fatores que influenciam para esse quadro.
Embora as questões hormonais tenham um papel, não são determinantes. Os aspectos socioeconômicos, as pressões sociais e culturais, a sobrecarga de responsabilidades, tanto no âmbito doméstico quanto no profissional, e a violência de gênero são fatores que podem afetar a saúde emocional e contribuir para o surgimento de transtornos mentais.
O tratamento das mulheres, portanto, deve ter uma abordagem abrangente que leve em conta os fatores sociais, culturais e emocionais. Isso inclui o acesso a serviços de saúde mental de qualidade, criação de políticas que abordem as causas subjacentes e o combate ao estigma que cerca os transtornos psiquiátricos.