A solidão tem um impacto significativo na saúde física e mental, em especial ao longo do envelhecimento.
Um estudo longitudinal iniciado em 1938 na Universidade de Harvard revelou, após 30 anos de seguimento, que o nível de satisfação com os relacionamentos sociais aos 50 anos foi um dos fatores mais associados a um envelhecimento saudável. Também uma meta-análise publicada em 2010 mostrou que os relacionamentos sociais estão entre os fatores de maior impacto nos desfechos em saúde.
A solidão persistente é um estresse crônico, e desencadeia reações fisiológicas que ativam a “cascata inflamatória” associada ao desenvolvimento de doenças crônicas como doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Também o sistema imunológico é comprometido, com maior vulnerabilidade para infecções.
Os efeitos da solidão se estendem à saúde mental, aumentando o risco de depressão e ansiedade. Além disso, há evidências de que a solidão pode estar ligada a um risco aumentado de declínio cognitivo e demência.
Entre os cuidados com a saúde é crucial manter conexões sociais ativas. Fazer parte de grupos com interesses em comum, comunidades religiosas, clubes, organizações, e também as interações online são atitudes que ajudam a mitigar a solidão.
Atividade física regular em grupo, por exemplo, além de ser um excelente antídoto contra a solidão, melhora a saúde física e mental, e contribui para a obtenção de melhores desfechos no tratamento das doenças crônicas.
Compreender e combater a solidão é vital para promover um envelhecimento saudável.
Harvard Study of Adult Development. www.adultdevelopmentstudy.org
Holt-Lunstad et al. Social relationships and mortality risk: a meta-analytic review. Https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1000316