Estudos recentes tem mostrado que substâncias psicodélicas, como a psilocibina (presente em certos cogumelos), podem oferecer novos caminhos para tratar a depressão, especialmente em casos de difícil resposta aos tratamentos convencionais. Esses compostos parecem atuar de forma diferente dos antidepressivos tradicionais, estimulando conexões cerebrais e promovendo uma experiência de autoexploração guiada.
Os psicodélicos parecem influenciar a plasticidade neural, ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar e criar novas conexões, o que pode ajudar a “reprogramar” circuitos ligados à depressão. Em um ambiente controlado e com acompanhamento profissional, experiências com psicodélicos podem promover insights e sentimentos de “renovação” em pacientes.
Ainda há necessidade de mais estudos para entender completamente os efeitos, a segurança e os mecanismos de ação dessas substâncias. O uso terapêutico dos psicodélicos está sendo regulamentado em alguns países, mas ainda enfrenta desafios e limitações legais em muitos outros.
Importante: os tratamentos com psicodélicos devem ser sempre conduzidos por profissionais capacitados, jamais como uma opção de “auto medicação”!
Fontes:
Carhart-Harris, R. L., & Goodwin, G. M. (2017). The Therapeutic Potential of Psychedelic Drugs: Past, Present, and Future. Neuropsychopharmacology, 42(11), 2105-2113.
Griffiths, R. R., et al. (2016). Psilocybin produces substantial and sustained decreases in depression and anxiety in patients with life-threatening cancer: A randomized double-blind trial. Journal of Psychopharmacology, 30(12), 1181-1197.
Doss, M. K., et al. (2023). Meta-Analysis of Psychedelic-Assisted Therapy for Depression and PTSD. Nature Medicine, 29, 36-47.