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A TELEPSIQUIATRIA: O USO DA TELEMEDICINA EM PSIQUIATRIA

 

A Telemedicina é o exercício da medicina à distância, cujas intervenções, diagnósticos, decisões de tratamentos e recomendações estão baseadas em dados, documentos e outras informações transmitidas através de sistemas de telecomunicação. Desde o início da pandemia da COVID-19 em março de 2020, sua prática obteve autorização em caráter emergencial, no Brasil, para a realização de teleconsultas e telemonitoramento. No início causou certo estranhamento, mas ao longo do tempo todos se familiarizaram, médicos e pacientes.

 

Na Psiquiatria não foi diferente; a realização de consultas “online” e o uso de prescrições eletrônicas possibilitaram que os atendimentos tivessem continuidade, mesmo com as orientações de restrição de circulação de pessoas e distanciamento social. Mais ainda, a Telepsiquiatria ampliou a possibilidade de mantermos o tratamento com liberdade geográfica, com médicos e pacientes em cidades, estados, e mesmo em países diferentes; também permitiu a otimização do tempo gasto em deslocamentos, por exemplo, sem que se perdesse a qualidade do acompanhamento, com os mesmos índices de satisfação por parte dos pacientes, e de efetividade segundo pesquisas que empregaram instrumentos psicométricos para a avaliação da resposta ao tratamento. A Organizaçao Mundial de Saúde (OMS) aponta, inclusive, que a Psiquiatria é uma área particularmente adequada à Telemedicina, e só perde em volume de atendimentos para a Telerradiologia.

Uma curiosidade: o primeiro relato da utilização da Telepsiquiatria data de 1956, quando o uso de videoconferências possibilitou o contato entre o Instituto de Psiquiatria de Nebraska e um hospital psiquiátrico estadual a 320 km de distância, para a realização de consultas. É uma prática antiga, que veio para ficar, e a certeza de sua efetividade nos autoriza a seguir no chamado “modelo híbrido”, em que os atendimentos online e presenciais serão mantidos. Sempre é importante lembrar que precisamos empregar uma plataforma de Telemedicina adequada, que disponibilize o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), com uma boa ferramenta de vídeo chamada, que ofereça prontuário eletrônico e a possibilidade de envio de receitas com assinatura digital certificada, mantendo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Asian senior video call with doctor telemedicine telehealth concept

Fontes:

American Psychiatric Association (APA). Resource document on telepsychiatry and related Technologies in clinical psychiatry. http://www.psychiatry.org/File%20Library/Psychiatrists/Library-and-Archive/resource_documents/Resource-2014-Telepsychiatry-Clinical-Psychiatr.pdf

World Health Organization (WHO). Global e-Health Survey. who.int/goe/data/global_e_health_survey_2009_en.pdf

Hungerbühler I. et al. A randomized clinical trial of home-based telepsychiatry outpatient care via videoconferencing: design, methodology and implementatio. Arch Clin Psychiatry 2015; 42: 76-8.

Rocha R. et al. Telemedicina, Telepsiquiatria e Depressão Perinatal. Revista Debates em Psiquiatria. Mai/Jun 2016, pp 6-15.

Hyler et al. Can telepsychiatry replace in-person psychiatric assessments? A review and meta-analysis of comparison studies. CNS Spectr 2005; 10: 403-13

Van Ballegooijen W et al. Validation of online psychometric instruments for common mental health disorders: a systematic review. BMC Psychiatry 2016; 16-45.

 





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