
O diagnóstico de TDAH pode ser com frequência associado a um transtorno relacionado à infância. No entanto, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, quando não tratado, pode persistir na fase adulta. Os impactos da falta de diagnóstico vão além de desatenção ou impulsividade. Atualmente, um dos riscos mais sérios é o esgotamento mental crônico, conhecido como burnout.
Quando o TDAH não é tratado, adultos tendem a conviver com uma sobrecarga emocional e mental. Isso ocorre, pois o transtorno está relacionado a uma série dificuldades como: desorganização, má gestão do tempo, problemas com sono, alimentação, regulação emocional, sensibilidade à rejeição, baixa autoestima e comorbidades como depressão e ansiedade.
Tudo isso pode criar um ciclo contínuo de frustração, sensação de incompetência e esgotamento. A tentativa constante de “funcionar como todo mundo” se torna uma pressão muito forte. Com isso, a pessoa pode se sentir constantemente sobrecarregada e frustrada por ter a sensação de não “dar conta de tudo”.
Além disso, adultos com TDAH tendem a se cobrar mais. Essa cobrança pode resultar em jornadas de trabalho longas, hiperfoco em tarefas até a exaustão ou abandono de projetos por incapacidade de manter o ritmo. Esse julgamento externo, somado à autocrítica, mina ainda mais a autoestima e favorece o esgotamento psíquico.
Por tudo isso, falar sobre o TDAH na vida adulta é essencial para que mais pessoas reconheçam seus sintomas, abandonem o ciclo de autossabotagem e encontrem formas mais saudáveis de lidar com suas particularidades.