
A dopamina é amplamente conhecida como o neurotransmissor do prazer, mas sua função vai muito além disso. Ela é essencial para processos como cognição, motivação, regulação do humor e comportamento.
Com o envelhecimento, ocorre uma redução natural na produção de neurotransmissores, incluindo a dopamina. Esse declínio pode impactar a memória, a atenção e a capacidade de tomar decisões, contribuindo para o comprometimento cognitivo observado em idades mais avançadas (Volkow et al., 1998).
Alterações na dopamina também estão associadas a diversos transtornos psiquiátricos e comportamentais, como esquizofrenia, ansiedade, TDAH e comportamentos agressivos (Breese et al., 1990). Além disso, por seu papel no sistema de recompensa do cérebro, a dopamina influencia a formação de hábitos e a vulnerabilidade ao desenvolvimento de vícios.
Na doença de Parkinson, a progressiva redução da dopamina prejudica o equilíbrio com a acetilcolina, levando à perda do controle motor (McKinley et al., 2019).
Embora não existam exames específicos para medir diretamente os níveis de dopamina, algumas estratégias podem contribuir para sua regulação. Estabelecer metas de curto prazo, praticar meditação, aprender coisas novas e manter uma alimentação adequada são exemplos. Alimentos como frango, laticínios, abacate, banana, sementes de abóbora e gergelim fornecem precursores importantes para a produção desse neurotransmissor (Watson, 2024). A prática regular de exercícios físicos também estimula sua liberação, promovendo sensações de prazer e bem-estar.
Nos casos de doenças que envolvem desequilíbrios de dopamina, os tratamentos incluem medicamentos específicos para restaurar seus níveis e aliviar os sintomas.
Referências
• Breese GR, Criswell HE, Mueller RA. Progress in Neuro-Psychopharmacology and Biological Psychiatry, 1990.
• McKinley JW et al. Neuron, 2019.
• Volkow ND et al. American Journal of Psychiatry, 1998.
• Watson S. Harvard Health Publishing, 2024.